terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Curtindo a Chuva.


Não eu não cheguei a dançar(me agradou a foto de Fred Astaire) ,mas enquanto pra uns os raios e trovões ,que bradavam no céu em Feira de Santana ,anunciavam uma péssima tarde com chuva, para mim foi motivo de euforia, cheguei do centro da cidade,tirei a camisa, pus a carteira em cima da mesa, e fui para varanda ficar debaixo da chuva, nada adiantou minha mãe ficar me alertando sobre o perigo de um raio me incinerar, tomar banho de chuva é muito bom já disse Vanessa Da Mata( se não foi clara, deixou implicito).Ficar parado vendo as gotas d'água caindo em cima de mim, fiquei muito feliz.Pensei um pouco nas recentes enchentes e deslizamentos de terra, desabrigados , afinal ,a chuva não é culpada de nada, o papel da chuva é chover, e ela cumpre muito bem, errados são os homens que ocupam a terra de qualquer forma, sem pensar ,sem projetar. A chuva tem mais é que chover (risos).O que é que eu estou fazendo, não se deve pensar em nada debaixo da chuva, só senti-la, vê-la chover ou como Fred ,simplesmente, dançar.
.

sábado, 9 de janeiro de 2010

O pai alheio.


-Pai te ama, você acha que papai ia deixar você aqui sozinho? Você me ama ?Hein?

O menino confirmou com uma voz chorosa, eu estava no banco a frente dos dois, e sim eu estava em um ônibus-desculpem, mas só acontecem coisas comigo nesse lugar- , mas retornando de uma viagem a salvador .Voltemos ao pai e o menino.O pai tinha ido retirar dinheiro de caixa bancário e conversara com o menino, o acalmara dizendo que voltaria logo, mas não adiantou , o menino se viu calmo durante uns instantes e começou a chorar .Um passageiro do banco ao lado tentou o acalmar. O pai demorou mais uns dois minutos e retornou ,preocupado , acalmou o filho com a oração do início do texto.Antes eles já haviam me intrigado pois o moço discutia com o filho, que devia ter seus 5 anos, sobre a importância de não jogar o lixo pela janela do ônibus, fiquei(vamos dizer assim) emocionado, nem sei bem o por que, sentia no pai um amor tão grande.Uma delicadeza única com o filho.Ele era um homem de seus trinta anos , moreno, alto, forte, com roupas sociais, parecia um cobrador da empresa.
Eu estava sentado e já ia perguntar se ele estava sendo filmado para algum reality show após ele dizer essa outra frase:

-Você acha que papai abandonaria você?Papai nunca vai te deixar , ouviu?

Pensei que seria esse um momento propicio de um diretor com ares de Woddy Allen surgir dizendo:"Corta".Ou talvez eu seja impressionado, ou o mais provavél , desacreditado mesmo.De qualquer forma esse pai e esse filho me tocaram, gostei de tê-los assistido, de senti-los, as palavras ,o amor, tudo mexeu comigo, gosto dos pais alheios.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010